quinta-feira, 10 de agosto de 2006

jota ene entrevista...

Não vou mais numerar os posts sobre política, ok? Aqueles só foram numerados porque foram um atrás do outro, mas chega desse negócio de organização porque vai ficar feio o CXXIV.
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A essa altura( em internet, 3 horas parecem muita coisa) já vi comentários de que Lula foi sublime, de que Lula foi tosco, de que Bonner e Fátima, o casal vinte foram rigorosos, de que foram complacentes, mas ainda não cheguei a uma conclusão exata.
De certa forma, a entrevista foi um anti-clímax: Lula não falou nenhuma bobagem tétrica (ao estilo do critério científico de identificação racial do debate de 2002) e por outro lado não foi tão bem assim. Estava nervoso, visivelmente tenso durante as perguntas e as respostas que ele deu só responderam suficientemente a quem está tão cego na sua aprovação a tudo que Lula possa fazer.
Por sua vez, Bonner demorou uns 3 minutos( que parecem horas) na primeira pergunta e não me pareceu que o casal tenha imprensado o candidato à reeleição em algum momento, ao contrário do que fizeram com Alckmin. Isso aconteceu porque os entrevistadores foram incisivos, sempre inquirindo no espaço dado pelo tucano. Se se pode falar em defeito do Alckmin foi de ter respondido "dando espaços". Heloísa Helena aprendeu e quase não deixava os jornalistas falarem, no que em alguns momentos, soou como falta de educação, quase destempero, mas em outros soa como firmeza, determinação.
No caso de Lula, nem foi tanto como Alckmin, nem como Helena. Deixou os jornalistas perguntarem, perdendo muito tempo, o que para Lula foi positivo já que suas respostas limitaram-se a evasivas rasas. Não foram os jornalistas "chapa-branca" como em algum momento chegou-se (eu, inclusive) a cogitar, mas também não foram tão implacáveis.
Como para Lula o que importa é não errar, creio que com a entrevista de hoje ele mais ganhou do que perdeu. Alckmin só perdeu à medida em que deixou de ganhar votos, enquanto HH pode ter consolidado sua fatia de votos.
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Não falei de Cristovam, que é um candidato razoável, mas que parece querer passar sempre a imagem do "homem bom, professor doidinho mas bem intencionado". Ele não foi tão bem, não foi tão mal e nem vem conseguindo ditar a agenda da educação, que é o que parece ser sua meta, já que ele mostra total desinteresse em falar sobre qualquer outro assunto. A continuar nessa toada, será uma candidatura em branco, o que de certo modo é triste(pelo tema) mas é compreensível(pelo modo chocho como vem sendo exposto o tema).

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