sábado, 23 de setembro de 2006

mulato inzoneiro

O traço mais marcante do caráter brasileiro(e, nossa, eu acho que é possível falar disso sim) é uma mistura de agressividade com ternura. A agressividade para tudo que não esteja próxima aos seus( à "família", aqui incluído parentes, amigos, etc...) e a ternura com os mesmos protegidos da agressividade. Os empregados aqui encontram-se no meio, não sendo exatamente estranhos, mas também não constituindo o núcleo próximo dos iguais. Acho que isso é até o núcleo do "homem cordial" de Raízes do Brasil(e se eu tiver falando besteira, quem já leu o livro venha aqui e diga- quem quiser,dê-mo também aceito...) . Peraê, esse dê-mo está certo? Bem, já confundi parêntes, observações, reticências, volto ao tema principal.
Esse traço de caráter acima referido redunda em toda a miséria do Estado brasileiro: empreguismo, corrupção, péssimo atendimento, favorecimento em licitações e todas aquelas coisas que te fazem deprimir no décimo minuto do jornal. Assim como te deprimem, ô leitor, deprimem a mim também e mais ainda quando vejo sinais disso em pessoas da minha família ou amigos(ou até em mim, em alguns momentos, afinal de contas, eu erro- e muito).
A confusão generalizada dos limites que existem entre respeito e submissão, obediência e mandonismo, direito e arbitrariedade, dever e humilhação tanto na "esfera pública" quanto na "esfera privada"(que afinal de contas estão em constante ligação) é a característica que mais impede que o Brasil avance, entendendo-se por avançar uma sociedade na qual as pessoas respeitem-se, estudem, produzam...

PS: Não falo divirtam-se porque isso já se faz de forma suficiente, penso.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Essa história toda de Serra, Lula,Valderan, Freud, dossiês parece bastante embolada. A turma petista está reagindo, dizendo que é obra da oposição, armação, manobra golpista, etc... Só digo uma coisa: se eles realmente estiverem certos, a oposição brasileira sabe montar esquemas e manipular as reações alheias de uma forma espetacular.

Aguardemos.

domingo, 17 de setembro de 2006

22 grand job

Pois então. Participei de uma chapa que semana passada ganhou o Centro Acadêmico lá da Faculdade. Fazia uns 10 anos ou mais que o mesmo grupo(as pessoas mudando, claro, mas sempre a turma socialista/de esquerda/petista- filiados mesmo) dominava o CA e nós, uma turma amadora, fomos lá e ganhamos. De certo modo, isso foi realmente importante, já que O CA é um dos eixos, uma das pontas de lança do PT no "Movimento Estudantil". As preocupações dizem respeito a isso, à responsabilidade que vamos ter agora lá, ao medo de não conciliar com estudos, às cobranças de minha mãe... Sobre tudo isso eu não sei, só sei que é a primeira vez que sinto que fiz algo um tanto quanto "grande".

sábado, 16 de setembro de 2006

Olha só, muito preocupado, muito preocupado MESMO. Daqui a algumas horas digo os porquês.

domingo, 10 de setembro de 2006

vade retro

Um dia um demônio soprou em meu ouvido...Bem, eu não sei se era um demônio ou se era o Demônio, tinha muito enxofre ao redor, eu estava com nojo, queria chegar em casa logo. Mas como eu dizia, num dia um demônio soprou em meu ouvido alguma coisa como "Tu não vais saber pra onde anda". Não contei isso aos leitores do figueira antes, porque eu estava dormindo durante esse tempo todo. Dormindo e preocupado. Preocupado com o que tinhoso disse.
Se há uns 4 anos eu não era uma espécie plena de eufórico, ainda sentia satisfação em ir à faculdade, encontrar pessoas, encontrar uma menina, pensar que num futuro próximo alguma coisa maior eu seria. Passou-se um tempo e vi que não era uma espécie plena de alguém que sabe lidar com garotas e que ser um pouco maior talvez não fosse algo tão grande, ao menos não daquele jeito imaginado. Algumas pessoas no meio do caminho fizeram-me acreditar que havia um suporte, que havia um caminho, que havia um fazer para o qual estava eu preparado.
Faculdade, livros, escrever, a garota, as garotas, os suportes, o caminho, tudo isso parece embolado na minha vista. Tudo turvo, muito turvo e um pouco mais esquisito do que minhas mais estranhas expectativas me apontava.
E sempre tenho a impressão de que sou mais inocente que todo mundo. Não daquele jeito que te leva para longe dos cramunhões- eles estão soprando aqui e ali, isso dá pra perceber- mas de outro, que me diz que todo mundo, que todo o mundo, que todas as coisas movimentam-se e eu preciso acelerar, passar a marcha, bastante complicado para quem não sabe dirigir e/ou é um barbeiro nesse Trânsito.

PS: Eu faço posts sobre acontecimentos, hein?

terça-feira, 5 de setembro de 2006

relatório figueira (de volta)

Estou numa chapa que concorre ao Centro acadêmico lá da faculdade, mas tenho receio de que as coisas possam degringolar por alguns erros nossos. Então, além de pensar na chapa e fazer as atividades habituais, não tenho feito muita coisa.
Ah, teve o psicoteste hoje. Chegou um momento(o teste do "palitinho") em que cheguei a achar que realmente entendia os psicológos e todos aqueles testes. Mas veio outro logo depois, no final, que eu imagino que somente alguém longe de suas faculdades mentais possa acertar.Pois então, se eu falar que preciso estudar mais, é um motivo para que eu seja agredido por tanto repetir isso, né não?
Semana passada quase reclamei do tanto que parecia ter por fazer, o que é engraçado porque eu sempre falava de não ter o que fazer.
Acho que é por isso que o blog ficou uns dias sem posts.

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PS1: Hum, os últimos filmes que vi foram X-Men e Superman (este último uma draga fenomenal) e o disco mais recente foi o do TV on the Radio, o que significa que baixando novidades eu não estou. Muito menos ouvindo coisas mais antigas, na verdade. Apenas por informação.

PS2: Comprar livros é o sentido da vida?