sábado, 15 de julho de 2006

"Minha memória está um lixo". Vez ou outra, reclamo disso, como aliás de muitas outras coisas das quais eu não deveria reclamar tanto. Isso acontece quando eu não lembro de alguma coisa que li, principalmente quando lembro de algo, mas não lembro onde li. Dou três exemplos recentes: Em um, eu lembrei de um texto, que imagino ter lido na Folha de S. Paulo(mas já não estou certo disso), em que alguém comentava sobre boa parte dos evangélicos de hoje repetirem o que sempre foi uma característica atribuída e criticada nos católicos, mormente os "não-praticantes": o fato de "desindividualizar" ou coletivizar a experiência religiosa. Sem lembrar de onde li isso, lembrei de uma entrevista num site sobre Alan Moore(tem o link lá no "a plêiade"), em que se comenta justamente sobre os viciados em informação e em sobre como a internet colabora nesse processo. Fui lá no site, mas não achei a entrevista. Pronto, já posso arrancar meus cabelos.
Calma, são muitos. Estava eu no emeesseene (ops, agora é dáblioeleeme) conversando com Éder sobre Olavo de Carvalho e os defeitos que julgamos haver nos textos dele quando vi que eu realmente não lembrava (ou, mais curioso: talvez não tenha lido sobre) o que Olavo falou sobre o fim da URSS. Juntando isso com minhas falhas na faculdade( falta de estudo, excesso de tempo no computador, etc...), já posso me considerar um cafu. Sei que esse tipo de coisa só ocorre porque consumo informação vorazmente, mas nem vou culpar a "sociedade de informação"(apesar de que isso, óbvio, é também reflexo), muito menos vou dizer que só consumo informação, pura, sem reflexão. Dentro do possível, penso bastante, embora de forma assistemática e fragmentada. Este é o maior problema e dentro do possível, é o que precisa ser sanado. Pelo bem da minha cabeça, do que eu escreva e de quem converse comigo.

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