E eu aqui sentado,cansando minhas vistas na tela de um computador.As pessoas lá fora,gritando,sangrando,não fazendo nada,brincando com bolhas de sabão,pulando em camas elásticas gigantes...Taí uma boa definição de minha relação com o mundo-Uma cama elástica,um pula-pula.Boa parte do tempo,parece que está todo mundo lá,pulando,se esbaldando e eu aqui,irritadiço,amuado,"Que horas vai acabar isso tudo?","Vou ler isso e aquilo quando chegar em casa",pouco simpático,um sorriso amarelo (pretensamente) escondendo insatisfação...Na outra parte do tempo,sou eu que estou gritando,fazendo os gracejos mais estúpidos,as bobagens ingratas,a ...
Aí tem um intervalo de quilos de reticência,de covardia e de insegurança.É bastante idiota falar isso,mas esse negócio de ter fé é a única coisa que parece fazer sentido.Acreditar em algo é o sentido da vida.Pronto,Fernando Pessoa,respondi sua pergunta.Tu perdeu um tempo retado pensando,fazendo poemas lindos e eu resolvi isso com um post.Ah,esses tempos modernos.Mas aqui eu já desviei.E esse texto tem tanto eu,que acaba soando como um pedido de desculpas."Oh,como eu sou coitadinho".Não,não sou não.Por favor,não me tomem pra esse papel.(Contando com o texto "censurado" anterior,esse é o segundo que faço essa advertência.Isso só prova que eu tenho escrevido muito mal-esse é um dos motivos para esse figueirabrava existir-preciso escrever melhor).
O diabo é que me perco em conjecturas.Pensando em um futuro com a garota,o livro e alguma coisa bonita além disso.Só isso mesmo não me basta.Eu sempre vou ter muitas ambições.Ficar parado em frente à tela do computador,cansando os olhos não parece resolver.Por outro lados,não tenho muita forças para o pula-pula.Eterno retorno.